Após 20 anos de intensas negociações em todo o mundo e inúmeros debates, foi apresentado o texto final sobre o acordo climático da COP 21, que recebeu o nome de “Transformando nosso mundo: agenda de Desenvolvimento Sustentável para 2030”, e entrou para a História como sendo um dos acordos mais importantes já realizados sobre mudança climática. O texto final foi lido para os representantes dos 190 países do mundo no sábado dia 12 de Dezembro de 2015 e foi aplaudido de pé durante longos minutos.
Por ser um tema de vital importância, Ricardo Guimarães, presidente do Banco BMG, noticia sobre o que foi a COP 21 e o que foi tratado no acordo final. A princípio, o acordo reconhece que as alterações climáticas representam uma potencial ameaça para os humanos e para o planeta, reporta o presidente do Banco BMG, e em vista disso, é necessária uma cooperação de todos os países e ações que visem respostas eficazes e que amenizem a emissão global de gases do efeito estufa.
O principal item do Acordo de Paris, como o documento ficou conhecido, pretende frear as emissões de gases do efeito estufa e garantir um aumento de até 2°C na temperatura global. Ricardo Guimarães ressalta que os países se comprometeram a manter o aumento da temperatura global em 1,5°C, que seria ideal.
Outro item importante é que o acordo prevê que os países registrem de forma clara e transparente os métodos que estão sendo aplicados para alcançar o que foi proposto. Encontros ocorreram a cada cinco anos para saber se os países estão aplicando suas propostas para a redução do aumento climático e emissão de gases. O presidente do Banco BMG, Ricardo Guimarães, reporta que o primeiro encontro já foi marcado para 2023. Com essas informações em mãos, os especialistas poderão indicar onde os países podem melhorar para cortar as emissões e ressaltar aprimoramentos dos métodos internos dos países.
Esse acordo passa a valer para todos os países em 2020, sendo que em 2018, foi pedido para que os países revejam os planos climáticos. A exclusiva razão desse pedido é que somando os cortes de emissões propostos, o valor ainda seria de um aumento de temperatura de 3°C. O presidente do Banco BMG lembra também que o documento assinado em Paris também previu uma contribuição dos países ricos de 100 bilhões de dólares por ano para países mais vulneráveis que sofrem com temperaturas extremas, cheias e tempestades. O valor anunciado estará disponível somente em 2020, lembra Ricardo Guimarães, quando o acordo passar a valer.
Um dos fatores mais intrigantes do acordo foi a não estipulação de uma data para o fim do uso dos combustíveis fosseis, noticia Ricardo Guimarães do Banco BMG. Ainda assim, a Casa Branca emitiu uma nota elogiando o acordo e avisando ao setor privado que os combustíveis fosseis iriam ser substituídos. O presidente do Banco BMG Ricardo Guimarães, lembra que tanto os Estados Unidos como a China são os maiores emissores de gases do efeito estufa no mundo.
Fonte: Exame