Em um mundo no qual a poluição é um problema gravíssimo, a descoberta de uma bactéria que é capaz de decompor o plástico utilizado na produção de garrafas do tipo PET (sigla para Polietileno Tereftalato, que é um polímero termoplástico) é um grande feito no mundo científico e com potencial impacto positivo para o meio ambiente. Ricardo Guimarães, presidente do Banco BMG, cita a pesquisa de um grupo de cientistas que no dia 10 de março de 2016 relataram encontrar tal bactéria, que seria capaz de combater uma das principais fontes de poluição do planeta. O CEO do BMG cita ainda que tal microrganismo foi encontrado no Japão.
Guimarães noticia que o microrganismo foi encontrado em uma usina de reciclagem de lixo e se alimenta quase que exclusivamente de PET, assim oferece uma perspectiva muito favorável para o tratamento do acúmulo desse material no meio ambiente. Ricardo Guimarães do BMG relata ainda que o fato de essas bactérias terem adquirido a capacidade de degradar esse tipo de plástico em um processo que durou poucas décadas é de certa forma surpreendente, quando se compara este pouco tempo que essas colônias de bactérias levaram para alcançar tal feito, principalmente com a escala de evolução biológica.
O empresário à frente do Banco BMG lembra que a bactéria é capaz de decompor completamente o polietileno tereftalato – o plástico do qual são feitas as garrafas PET – em um relativo curto período de tempo. O presidente do Banco BMG lembra que no estudo publicado pela revista ‘Sciece’ o grupo de cientistas liderado por Shosuke Yoshida, renomado biólogo, afirma que uma colônia de microrganismos conseguiu degradar uma folha fina de PET em apenas 6 semanas, pouco tempo, principalmente quando lembramos que é necessário centenas de anos para que a PET seja decomposta espontaneamente na natureza.
Ricardo Guimarães reporta também que para decompor o PET a bactéria produz duas enzimas – moléculas biológicas que promovem reações químicas – cuja função específica é degradar esse plástico. O PET possui em sua fórmula uma estrutura molecular de carbono altamente estável que quando atacada pela bactéria se rompe em componentes menores e esses componentes podem ser incorporados ao ambiente sem problema algum, diferente do que acontece com as mais de 50 milhões de toneladas de PET descartadas por ano. Ricardo Guimarães lembra ainda que menos de 15% destas garrafas sãos recicladas.
O mineiro Ricardo Guimarães cita que o trabalho dos cientistas envolveu a análise de 250 amostras de bactérias encontradas na usina de reciclagem. A descoberta é muito importante, mas ainda precisa-se achar formas de produzir essas enzimas em laboratórios e usá-las em larga escala para que possamos então atuar na amenização da poluição no mundo. Antes de essa bactéria ser descoberta o único conhecimento que os cientistas tinham era de fungos que decompõem parcialmente o polietileno tereftalato, PET, lembra. De agora em diante, com a nova descoberta desses microrganismos, desenvolver um tratamento biológico para esse tipo de lixo deve ser bem mais fácil e acessível.
Fonte: G1