A inflação do aluguel, que é definida de acordo com o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), pois é esse o identificador utilizado como base para o reajuste da maior parte dos contratos de locação, apresentou leve queda no começo de março. Embora no mês anterior, nos últimos doze meses e ao longo de 2016, o índice tenha acumulado uma alta considerável, a primeira prévia do terceiro mês do ano apontou uma realidade um pouco mais animadora. Destarte, Ricardo Guimarães, presidente do Banco BMG, reporta a seguir alguns dados divulgados recentemente pela FGV (Fundação Getulio Vargas) sobre esse assunto.
Para começar, o empresário do Banco BMG destaca que, de acordo com os dados apresentados, nos últimos doze meses o índice teve uma alta de 11,47%, destes, 2,88% apenas em 2016. Entretanto, na primeira prévia do mês de março, acompanhando a desaceleração da inflação no atacado e no varejo, o indicador apresentou uma pequena redução, ficando em 0,43%. Isso é bem melhor que o número registrado no mesmo período de 2015, que foi de 1,23%, cita Ricardo Guimarães.
Vale destacar que essa retração já é bastante importante, já que se forem comparados os números relativos a janeiro e fevereiro, quando a segunda prévia do segundo mês do ano apresentou uma taxa de aceleração de 1,24%, o resultado é consideravelmente positivo, informa Ricardo Guimarães. Ele também ressalta que os dados de fevereiro apontaram um acúmulo de mais de 12% na alta do índice referente aos últimos doze meses, ou seja, com a desaceleração mostrada na primeira prévia de março, esse número teve uma redução de mais de 0,5%.
O executivo do Banco BMG ressalta que essa diminuição foi bastante influenciada pelo IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que é referente aos valores no atacado e apresentou variação de apenas 0,45%, sendo que no mesmo mês do ano passado esse número tinha sido de 1,44% e em fevereiro, tinha atingido 1,39%. Já em relação ao varejo, que tem como base o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), o presidente do Banco BMG informa que os dados também foram melhores. Enquanto no mês de fevereiro a taxa de variação foi de 1,07%, em março, a primeira prévia ficou em 0,44%. Ricardo Guimarães destaca que essa retração foi influenciada pelos dados referentes ao grupo habitação, que faz parte do IPC e recuou 0,73% no período.
Outro número que também apresentou uma pequena melhora na primeira prévia de março foi o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), que leva em consideração os valores na construção civil. Embora o índice tenha diminuído apenas 0,01%, ficando em 0,30%, já é bem melhor que os 0,40% apresentados na segunda prévia de fevereiro, reporta Ricardo Guimarães. Para finalizar, o executivo do BMG ressalta que, segundo as informações da FGV, a maioria desses números apresentou melhora devido ao fato do mês anterior ter registrado aceleração quando comparado com janeiro. Assim, esses dados não podem ser considerados exatamente positivos, mas sim melhores quando comparados com o segundo mês do ano.
Fonte: G1